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Folha de Rosto
1. OBJETIVO Estabelecer e manter procedimentos documentados para Aquisição de Materiais.
2. APLICAçãO O procedimento e aplicável nas obras, Divisão de Compras, e almoxarifado central.
3. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA Manual de Cargos e Funções
4. DEFINICões Não aplicável.
5. responsabilidade E autoridade Vide íntegra do procedimento.
6. Procedimento 6.1. Especificações para compra
No mercado brasileiro existem cinco tipos de cimento Portland que diferem entre si em função de sua composição e de suas características, físicas e mecânicas. São os produtos identificados como CP I, CP II, CP III, CP IV e CP V. O cimento CP I é o Portland comum e é especificado por norma brasileira. O CP I-S é regido pela mesma norma e trata-se do cimento Portland comum com adições. Tais adições, com teor total não superior a 5% em massa, podem ser de escória granulada de alto-forno, material pozolânico ou material carbonático. A escória granulada de alto-forno possui propriedades hidráulicas, isto é, endurece na presença de água, formando compostos praticamente estáveis, muito semelhantes aos Formados pelo cimento puro na presença de água. Os materiais pozolânicoS são aqueles que quando pulverizados na presença de água reagem com o hidróxido de cálcio, formando compostos hidráulicos. Os materiais carbonáticoS são inertes, ou seja, não possuem propriedades hidráulicas. Porém, por serem bastante finos, preenchem pequenos vazios da pasta de cimento endurecida. O cimento CP II é especificado por norma brasileira e trata do cimento Portland composto. Este cimento se subdivide em três tipos: CP II-E, com adição de escória granulada de alto-forno; CP II-Z, com adição de material pozolânico e CP II-F, com adição de material carbonático. O CP III, cimento Portland de alto-forno, é regido por norma brasileira. Sua composição inclui a adição de escória granulada de alto-forno em teores maiores que no caso dos cimento CP I-S e CP II-E. O cimento CP IV, Portland pozolânico, é especificado por norma brasileira. Sua composição permite a adição de material pozolânico, o que gera um produto com características semelhantes ao CP III. Por sua vez, o cimento CP V é regido por norma brasileira e trata-se do Portland de alta resistência inicial. Sua composição permite a adição de até 5% de material carbonático. Os cimentos CP I, CP II e CP III possuem três classes segundo a resistência à compressão obtida aos 28 dias de idade: classe 25 (resistência à compressão de 25,0 MPa), classe 32 (resistência à compressão de 32,0 MPa) e classe 40 (resistência à compressão de 40,0 MPa). A escolha do tipo de cimento para cada uso depende das características desejadas em relação ao tempo de desforma, à cura do concreto ou da argamassa e às necessidades de resistência mecânica e química. Para usos comuns, podem ser utilizados os cimentos CP I, CP II, CP III ou CP IV. No caso dos cimentos CP III (alto-forno) e CP IV (pozolânicos), verificar se o tempo de início e fim de pega não prejudica o serviço em questão, principalmente para a execução de chapisco ou outros serviços que demandem tempo de cura acelerado. Vale ressaltar que seu uso é recomendado em ambientes ais agressivos, sujeitos a ataque químico (atmosfera muito poluída, água ou solo poluído/contaminado). O cimento CP V deve ser utilizado em concretos nos quais existe a necessidade de resistência mecânica elevada nas primeiras idades. Qualquer que seja sua aplicação, deve-se atentar para a cura, que deve ser rigorosa pra evitar problemas de fissuração por retração térmica ou hidráulica. Seu uso não é recomendado para a execução de argamassas, devendo-se evitar sua utilização também em ambientes sujeitos a ataque química. Todos os cimentos, quando entregues em embalagens de 50kg não podem estar com os sacos furados, rasgados, molhados ou estragados e dem trazer registrados o nome e a marca do fabricante, o tipo de cimento, a sigla correspondente, a massa líquida do saco e o selo de conformidade da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).
6.2. Formação de lotes no recebimento em obra
Cada partida entregue na obra será considerada um lote para efeito de inspeção. Para verificação da massa líquida do material entregue em sacos, a amostra inicial será formada por 10 sacos escolhidos aleatoriamente. Havendo rejeição do lote na primeira amostragem, coletar 20 sacos, compondo uma segunda amostra formada por 30 sacos (10 sacos da primeira amostragem mais 20 sacos da segunda). A verificação das condições de cada saco deve ser realizada para o lote inteiro, no ato da descarga.
6.3. Verificações e ensaios 6.3.1. MAssa dos sacos
Pesar o sacos amostrados do lote e anotar a indicação da balança.
6.3.2. Verificações visuais
A verificação do estado de conservação dos sacos deve ser realizada considerando a presença de sacos rasgados, furados, molhados, manchados por impregnação de produtos estranhos ou desconhecidos e quaisquer outros problemas que possam prejudicar o uso e o desempenho do cimento. Deve-se conferir se todos os sacos contém os registros de marca e nome do fabricante, tipo e classe do cimento, massa líquida do saco e, principalmente, o selo de conformidade da ABCP. Também é preciso verificar se o cimento não está empedrado.
6.3.3. Verificação da quantidade
Os sacos devem ser contados um a um, dispostos no chão em pilhas não entrelaçadas (não amarradas). 6.4. Critérios de aceitação 6.4.1. Massa dos sacos
Não devem ser aceitas diferenças de massa a menor nos sacos. Se a massa esperada de 10 sacos ou 500kg, o lote deverá ser aceito somente se a massa da amostra for igual ou superior a este valor. Caso contrário, retirar mais 20 sacos do lote e reavaliar a amostra agora composta de 30 sacos. Novamente, não deve ser aceita massa a menor. Se a massa acumulada de 30 sacos na segunda amostragem não se adequar aos limites mínimos, a obra poderá rejeitar o lote ou aceitá-lo com ressalvas, negociando as condições de aceitação diretamente com o fornecedor.
6.4.2. Condições visuais
Os sacos que apresentarem defeitos visuais no ato da descarga devem ser separados do restante do lote, em área à parte. Eles devErão ser devolvidos ao fornecedor para reposição ou desconto do pagamento. Caso os sacos não possuam o selo de conformidade da ABCP, o lote deve ser rejeitado.
6.4.3. Quantidade
A diferença entre o número de sacos comprados e efetivamente adquiridos deve ser negociados no pagamento a ser efetuado. 6.5. Orientações para armazenamento
O cimento deve ser armazenado em pilhas de no máximo 15 sacos, no almoxarifado de ensacados do canteiro, por não mais que 30 dias. O depósito de cimento não deve distar mais do que 20m da praça de descarga e sua cobertura deve ser reforçada para minimizar os riscos de perda do material por goteiras ou vazamentos despercebidos. O piso deve ser revestido com estrado de madeira (pontaletes e tábuas ou chapas de compensado). Em regiões litorâneas, recomenda-se uma proteção adicional contra a umidade, cobrindo-se o lote com uma lona plástica (não hermeticamente) para garantir a durabilidade e o prazo de estocagem do cimento. O estoque deve ser feito de maneira a garantir que os sacos mais velhos sejam utilizados antes dos recém entregues. Também é recomendável que a data de entrega e o local de armazenamento sejam planejados com antecedência, de forma a evitar a pré-estocagem em locais inadequados, interferência com outros serviços da obra ou a necessidade de transporte horizontal interno.
6.6. Observações
Do pedido de compra devem constar: o tipo de cimento desejado pela obra (CP I, CP I-S, CP II-E, CP II-Z CP II-F, CP III, CP IV ou CP V) o classe do cimento desejado pela obra (25, 32 ou 40) o a marca que foi adquirida pelo departamento de compras o aviso esclarecendo que o material será pesado amostragem na obra e cada saco deverá conter 50kg o aviso esclarecendo que o estado de conservação dos sacos de cimento será verificado na obra, no ato da descarga, e que os sacos rejeitados serão devolvidos ao fornecedor, descontando-se o seu valor do total a ser pago o outras observações consideradas necessárias.
7. Registros
Ficha de Verificação de MAteriais
8. Anexos 8.1. Ficha de verificação de materiais 8.2. Ficha de inspeção de materiais
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