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Folha de Rosto
1. OBJETIVO Estabelecer e manter procedimentos documentados para Aquisição de concreto usinado.
2. APLICAçãO O procedimento e aplicável nas obras, Divisão de Compras, e almoxarifado central.
3. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA IM0 -vv- Aquisição de Materiais
4. DEFINICões Não aplicável.
5. responsabilidade E autoridade Vide íntegra do procedimento.
6. Procedimento 6.1. especificações para compra
Ao ser especificado, o concreto usinado deve atender às definições de projeto relativo à resistência característica do concreto à compressão aos 28 dias ou outras idades consideradas críticas; módulo de elasticidade; consistência expressa pelo abatimento do tronco de cone; dimensão máxima característica do agregado graúdo e, opcionalmente, teor de argamassa do concreto e fator e presença de aditivos. Feita a seleção do fornecedor, cabe solicitar o traço do concreto por ele sugerido, de modo que se garantam as características acima descritas. Em seguida, é possível proceder à análise em laboratório e pactuar o traço a ser fornecido. Para efeito de contratação, pode-se exigir a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) da concreteira.
6.2. Formação de lotes no recebimento em obra
A formação de lotes de concreto deve seguir as disposições da Tabela abaixo:
Obs.: (*) Pilares, vigas de transição, brocas e blocos (**) Lajes, vigas paredes de caixa d´água, escadas
Observe-se como exemplo a laje do primeiro pavimento-tipo de um edifício com as seguintes características: · volume de concreto: 90m³ · número de caminhões betoneira (uso de concreto usinado): 18 caminhões de 5m² · número de andares: um andar · tempo de concretagem: dois dias consecutivos
Resulta apenas em um lote por laje, ou seja: · volume de concreto = 90m³ < limite de 100m³ · número de betonadas = 18 < limite de 50 betonadas · número de andares = 1 = limite máximo · tempo de concretagem = dois dias < limite máximo de três dias consecutivos.
Entretanto, outra laje com características semelhantes, porém com um volume de concreto de 120m³, terá de ser considerada como dois lotes, pois o limite máximo é de 100m³. A cada lote formado, deve corresponder uma amostra de, no mínimo, seis exemplares, coletados aleatoriamente durante a operação de concretagem e extraídos de caminhões diferentes. Cada exemplar é constituído por dois corpos-de-prova da mesma betonada, para cada idade de rompimento, moldados no mesmo ato. Para a coleta de amostras, deve-se retirar uma quantidade suficiente de concreto, pelo menos 50% maior que o volume necessário e nunca menor que 30l. A formação de lotes e a extração de corpos-de-prova devem ser planejadas com antecedência para que antes das operações de concretagem já tenham sido definidos os volumes e as peças estruturais que comporão o lote, bem como a seqüência de extração dos exemplares. Quando possível, recomenda-se que se retirem corpos-de-prova de todos os caminhões recebidos, visando facilitar eventuais ações de rastreamento de concretos com desempenho inadequado. 6.3. Verificações e ensaios 6.3.1. Condições da Nota Fiscal e/ou Romaneio
Verificar se as características constantes na nota fiscal estão de acordo com o prescrito na especificação. Para tanto, conferir a resistência característica do concreto à compressão aos 28 dias ou outras idades consideradas críticas; módulo de elasticidade; consistência expressa pelo abatimento do tronco de cone; dimensão máxima característica do agregado graúdo e, se for o caso de uma concretagem crítica, teor de argamassa do concreto; tipo e consumo mínimo de cimento; fator água/cimento máximo; presença de aditivos e o traço. A concretagem apenas será crítica se requisitada por contrato pelo cliente. O volume também deve ser verificado na nota fiscal ou romaneio e conferido durante a descarga e aplicação do concreto, cubicando-se o material através das dimensões das peças preenchidas (mapeamento da aplicação do concreto).
6.3.2. Abatimento do Tronco de Cone (Slump Test)
Para cada caminhão entregue deve ser verificado o abatimento do tronco de cone, a fim de controlar a trabalhabilidade e a quantidade de água do concreto. Para efetuar esta verificação, deve-se proceder da seguinte maneira: coletar um volume de aproximadamente 30l de concreto, após descarga de cerca de 0,5m³ do material. Colocar o cone sobre a placa metálica bem nivelada e apoiar os pés sobre as abas inferiores do cone. Em seguida preencher o cone em três camadas iguais, aplicando 25 golpes uniformemente distribuídos em cada camada. Adensar a camada junto à base, fazendo com que a haste de socamento penetre em toda a sua espessura. No adensamento das camadas restantes, a haste deve penetrar até ser atingida a camada inferior adjacente. Após a compactação da última camada, retirar o excesso de concreto e alisar a superfície com uma régua metálica. Retira o cone, içando-o com cuidado na direção vertical. Na seqüência, colocar a haste sobre o cone invertido e medir a distância entre a parte inferior da haste e o ponto médio do concreto, expressando o resultado em milímetros ou centímetros. 6.3.3. Resistência à compressão (fck)
O ensaio de resistência à compressão do concreto deve ser realizado por um laboratório especializado. A moldagem dos corpos-de-prova cilíndricos constituintes dos exemplares pode ser feita pelo laboratório ou por pessoal da própria obra, conforme o planejamento da coleta de amostras estabelecido previamente. Tais amostras devem ser coletadas do terço médio do caminhão, procedendo-se à moldagem de dois corpos-de-prova para cada exemplar e para cada idade. Por exemplo, se a resistência deve ser medida aos três, sete e 28 dias, o exemplar será formado por seis corpos de prova. A moldagem deve ser feita da seguinte maneira: preencher os moldes de 15cm de diâmetro e 30cm de altura em quatro camadas iguais e sucessivas, aplicando 30 golpes em cada camada, distribuídos uniformemente. A última delas conterá um excesso de concreto que deverá ser retirado com régua metálica. Depois identificar os corpos-de-prova, deixando-os nos moldes sem sofrer perturbações e em temperatura ambiente por 24 horas. Após esse período, deve-se transferí-los para o laboratório, onde serão rompidos para verificação de sua resistência. Deve-se tomar como resistência do exemplar o maior dos dois valores obtidos em cada ensaio. 6.4. Critérios de aceitação 6.4.1. Condições da Nota Fiscal e/ou romaneio
A aceitação do caminhão de concreto está vinculada à conformidade da nota fiscal ou romaneio em relação às especificações de projeto. Havendo qualquer diferença, o caminhão deverá ser rejeitado. É necessário atentar também para o horário de saída do caminhão da usina, que deve ter sido registrado pelo relógio de ponto da concreteira no corpo da nota fiscal. Isto porque o tempo decorrido desde o carregamento do caminhão até o lançamento e adensamento do concreto não pode ultrapassar duas horas e trinta minutos. Não sendo possível aplicar o concreto dentro desse prazo, devido a atraso na chegada do caminhão, o material deve ser rejeitado. Registrar a entrega caso o número do lacre da betoneira esteja em desacordo com o descrito na nota fiscal, bem como se não houver menção deste número na nota, ou se o caminhão não estiver lacrado.
6.4.2. Abatimento do Tronco de Cone (Slump Test)
Caso a trabalhabilidade medida pelo abatimento do tronco de cone exceda os limites prescritos no pedido de compra, o caminhão deve ser rejeitado. Ficando abaixo do limite mínimo, pode-se acrescentar água até um limite pré-estipulado em comum acordo entre a concreteira e os responsáveis pela obra. Esse novo valor acordado deve constar da nota fiscal e não pode aumentar a abatimento em mais que 25mm. Caso nesta segunda tentativa o concreto ainda não atinja a trabalhabilidade prescrita ou extrapole o limite, o caminhão deve ser rejeitado. 6.4.3. Resistência à compressão (fck)
A resistência característica à compressão estimada (fckest) para cada idade em função dos resultados obtidos nos ensaios de ruptura dos corpos-de-prova deve ser comparada com a resistência característica (fck) estabelecida no projeto. O lote deve será aceito caso a fckest resulte maior ou igual à fck. Caso a resistência característica estimada resulte inferior à resistência característica do concreto, o engenheiro da obra deve consultar o projetista de estrutura e o fornecedor do concreto para providências. O cálculo da fckest para cada lote deve ser feito pelo próprio laboratório de controle tecnológico do concreto. Apenas a título de orientação, apresenta-se a seguir o roteiro de cálculo para que o engenheiro da obra possa acompanhar o processo, e eventualmente, conferir os resultados.
6.5. Orientações para armazenamento
Embora não haja armazenamento de concreto na obra, recomenda-se deixar algum pano de concretagem de pouca importância estrutural por fazer, a fim de se aproveitarem eventuais sobras de material.
6.6. Observações
Do pedido de compra deve constar: · resistência característica do concreto à compressão na idade estabelecida (por exemplo 28 dias), · consistência expressa pelo abatimento do tronco de cone · traço acordado com a usina (se for o caso), · outras características estabelecidas pelo engenheiro, · aviso esclarecendo que no recebimento do concreto será exigida a nota fiscal com as informações relacionadas abaixo, · aviso esclarecendo que o concreto será avaliado, testado e terá seu traço verificado na própria usina, se necessário.
A nota fiscal deve descrever: · a resistência do concreto à compressão aos 28 dias ou outras idades consideradas críticas; módulo de elasticidade; consistência expressa pelo abatimento do tronco de cone; dimensão máxima característica do agregado graúdo; teor de argamassa do concreto; tipo e consumo mínimo de cimento; fator água/cimento máximo; presença de aditivos e o traço fornecido, excetuando os itens considerados desnecessários pela obra, · a hora da saída do caminhão da usina, registrada pelo relógio de ponto, · o número do lacre da betoneira, · a quantidade máxima de água permitida a ser adicionada ao concreto, caso ele não esteja com o slump adequado.
7. Registros
Ficha de Verificação de Materiais Ficha de Inspeção de Materiais
8. Anexos |