|
|
Folha de Rosto
1. OBJETIVO
Padronizar os procedimentos de montagem de armaduras para concreto armado.
2. APLICAçãO
É aplicável à equipe de profissionais composta por armadores, ajudantes, mestre de obra e engenheiro.
3. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
Projeto de armação Projeto de estrutura (fôrmas) Projeto de instalações elétricas (pára –raios)
4. DEFINIções
Não aplicável.
5. responsabilidade E autoridade
Vide íntegra do procedimento.
6. procedimentos
6.1. Materiais e equipamentos
o Aço (barras, fios ou telas) o Aço para pára-raios (barras lisas) o Arame recozido nº 18 o Torquês o Chave de dobra o Bancada de ferreiro o Policorte (serra elétrica com disco abrasio) o Tesoura manual o Metro articulado ou trena metálica o Espaçadores plásticos de dimensões condizentes com o cobrimento especificado no projeto estrutural o Guincho ou grua o Proteções de periferia o Protetores plásticos de arranques o EPIs: capacete, bota de couro, luvas de raspa, óculos de segurança, cinto de segurança, protetores facial e auricular e capa de chuva.
6.2. Método executivo 6.2.1. Condições para início do serviço
As proteções de periferia devem estar instaladas no perímetro da área de trabalho, de modo a garantir a segurança de vizinhos e funcionários da obra. As fôrmas devem estar montadas, mas não fechadas (no caso de pilares), com locação e escoramento conferidos e desmoldante aplicado.
6.3.Execução do serviço 6.3.1. Corte e dobra
Montar, no início da obra, uma bancada de armador principal – geralmente essa bancada situa-se no térreo ou subsolo – constituída basicamente por pranchões de madeira apoiados sobre cavaletes e provida dos equipamentos necessários à preparação da armadura, tais como serra elétrica com disco abrasivo (policorte), chave de dobra e pinos de apoio fixos na bancada. Colocar também, se possível, uma bancada secundária ou dois cavaletes no pavimento-tipo, sobre a fôrma da laje, com a finalidade de auxiliar na montagem e no posicionamento final das armaduras. Cortar os fios e barras de aço na bancada principal, seguindo as orientações e dimensões constantes no projeto detalhado de armação. De modo a racionalizar esse serviço e minimizar as perdas de material, recomenda-se criar um plano de corte previamente elaborado pelo engenheiro da obra, sobretudo no caso de barras com diâmetro acima de 10mm. Dobrar as pontas em “L” ou em forma de gancho, sempre de acordo com as orientações e dimensões do projeto. Caso o projeto não seja explícito quanto aos diâmetros internos mínimos dos ganchos e a curvatura dos estribos, orientar-se pela tabela abaixo:
Observar ainda, para efeito de corte, os trespasses e arranques mínimos em vigas e pilares. Caso esses valores não constem do projeto, devem ser de 60 diâmetros em armaduras comprimidas e 80 diâmteros em armaduras tracionadas. É de todo modo recomendável consultar o projetista para uma definição precisa desses valores. Transportadas as peças até o pavimento-tipo. Quando o transporte vertical for feito por meio de grua, as peças devem ser içadas amarradas em feixes que contenham um kit de armadura, isto é, um jogo de peças que montem um pilar, uma viga ou uma parte de uma leje. Como medida de segurança, esse kit deve ser obrigatoriamente amarrado a uma corda-guia, através da qual um funcionário pode evitar que o feixe execute um movimento pendular enquanto é transportado. Caso o trasnporte seja feito com o auxílio de um guincho, deve-se amarrar o feixe sob seu assoalho e atentar para que o material não se choque bruscamente com a estrutura durante a elevação. É recomendável, também, o uso de uma corda-guia. Organizar os kits sobre a fôrma da laje para não causar confusão no momento da montagem. É importante que os kits contenham etiquetas de identificação. Alternativamente, pode-se optar por montar algumas peças menores ainda na bancada principal, elevando-as prontas ao pavimento-tipo somente para colocação. Esse procedimento deve ser cuidadoso, a fim de evitar dificuldades de posicionamento das peças, principalmente no que se refere às interferências nas ligações entre vigas e entre viga e pilar. 6.3.2. Montagem de armaduras
Montar os kits na bancada secundária (caso haja) ou cavaletes instalada sobre a fôrma do pavimento-tipo. Atentar para o fato de que em nós com grande densidade de armadura o encaixe entre as diversas peças pode ser complexo. Por isso, recomenda-se não deixar os estribos firmemente amarrados no momento da montagem sobre a bancada, de modo a facilitar a emenda entre as peças quando da colocação na fôrma. A sequência de montagem na bancada deve ser a seguinte: posicionar duas barras de aço. Colocar todos os estribos, fixando somente os das extremidades. Em seguida, posicionar as demais barras e amarrá-las aos estribos das extremidades. Depois de posicionar os demais estribos, conferir os espaçamentos e o número de barras longitudinais e de estribos. Amarrar firmemente o conjunto nas quatro faces.
Colocar espaçadores a uma razão média de cinco peças por metro quadrado, atentando para que seja considerada a área em todas as faces. Posicionar na fôrma as peças já montadas, evitando ao máximo choques de armadura com os painéis, de modo a prolongar sua vida útil. Uma maneira de se minimizar eventuais problemas com pilares consiste em elevar os estribos da base da armadura do pilar que interferem nos arranques da peça subjacente, posicionando a armadura na fôrma e, em seguida, retornando os estribos à sua posição definitiva, para amarrá-los nos arranques de acordo com os espaçamentos definidos no projeto de armação. Colocar uma estribo no topo dos arranques e outro na altura da laje, garantindo a posição das barras lingitudinais. Garantir, sempre, o acesso do vibrador em regiões com “congestionamento de ferragem”, verificando a posição e a distância entre as barras.
Observe-se que em pilares muito largos pode tornar-se uma opção interessante montá-los diretamente em sua posição final (dentro da fôrma), ao invés de fazê-los sobre a bancada secundária.
Antes de iniciar a montagem de armaduras da laje, posicionar fixamente os elementos metálicos auxiliares e gabaritos (“caixinhas”) para passagem das instalações elétricas e hidráulicas, que estejam pintados sobre a fôrma os locais onde estarão as paredes, a fim de facilitar e racionalizar a colocação dos gabaritos. Montar os kits diretamente sobre a fôrma, observando as seguintes orientações: posicionar as barras da armadura principal. Em seguida, posicionar as barras da armadura secundária. Amarrar os nós alternadamente, isto é, ferro sim, ferro não. Posicionar as barras da armadura negativa, amarrando-as à armadura das vigas. Utilizar espaçadores a uma razão média de cinco peças por metro quadrado de laje, de modo a garantir o cobrimento mínimo. Havendo balanços ou pontos em que a armadura negativa é notoriamente importante, deve-se ter atenção redobrada quanto ao uso de “caranguejos” e calços. Também é necessário cuidar para que o contorno dos furos das instalações elétricas e hidráulicas sejam reforçados, segundo orientações do projetista.
6.3.3. Liberação do serviço
Após o término do serviço de montagem, limpar as fôrmas , retirando as pontas de arame que restarem. O engenheiro da obra deve conferir os seguintes pontos:
o se a montagem dos pilares, vigas e lajes obedece rigorosamente ao projeto no que se refere a bitolas e número de barras, espaçamentos, cobrimentos míinimos, quantidade de espaçadores (pastilhas) e posicionamento da armadura negativa de lajes e dos “caranguejos” o a correta armação dos estribos, principalmente em vigas junto às barras longitudinais inferiores
A liberação do serviço deve ser feita somente pelo engenheiro da obra. 7. Registros
Ficha de Verificação de Serviços
8. Anexos
8.1. Ficha de orientação de Serviços
|