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Folha de Rosto

 

Controle de Alterações

 

Versão

 

Data de Aprovação

 

 

Alterações

1

18/04/2002

Primeira versão

 

 

 

 

 

 

 

 

Elaborado por

 

_______________

Eduardo Almeida

 

Analisado por

 

__________________

Eduardo Almeida

 

Aprovado por

 

___________________

Eduardo Almeida

 

 

 


 

 

1. OBJETIVO

 

Padronizar e fornecer diretrizes para a execução de serviço de pintura à base de resina PVA em áreas internas de ambientes não molháveis, sobre superfícies de gesso, emboço ou reboco, com acabamento convencional ou liso convencional.

2. APLICAçãO

 

É aplicável à equipe de profissionais composta por pintores, ajudantes, mestre de obra e engenheiro.

 

3. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

 

Projeto de arquitetura

Memorial descritivo

Manuais técnicos dos fabricantes de tintas

 

4. DEFINIções

 

Não aplicável.

 

5. responsabilidade E autoridade

 

Vide íntegra do procedimento.

 

6. procedimentos

 

6.1. Materiais e equipamentos

 

o       Escova com cerdas de aço

o       Panos

o       Vassoura de piaçaba

o       Água sanitária

o       Detergente

o       Lixas números 100, 150 e 180

o       Massa corrida PVA

o       Desempenadeira lisa de aço

o       Espátula

o       Água

o       Seladora à base de resina PVA

o       Fundo preparador de paredes à base de solvente

o       Aguarrás

o       Tinta látex PVA

o       Rolo de lã

o       Pincéis de ¼” e 4”

o       Espanador

o       Bandeja plástica

o       Lona plástica

o       EPIs: capacete, bota de couro, luvas de borracha, óculos de segurança e máscara para pó.

 

 

6.2. Método executivo

6.2.1. Condições para início do serviço

 

Os revestimentos internos de paredes e tetos devem estar concluídos com uma antecedência mínima de 30 dias. Os revestimentos de pisos também devem estar concluídos, à exceção de carpetes têxteis ou de madeira. No caso de assoalho de madeira, recomenda-se que a pintura seja feita depois da sua colocação, mas antes do acabamento.

Todos os batentes, as portas e os caixilhos devem estar instalados e acabados. As guarnições e os arremates precisam ser colocados antes da última demão.

Qualquer foco de umidade requer tratamento de modo que a superfície resulte seca quando da execução da pintura.

 

6.3.Execução do serviço

6.3.1.preparação da base

 

Proteger qualquer detalhe que não deva ser pintado, revestindo a superfície com fita crepe e jornal. Eliminar todas as partes soltas ou mal aderidas, sujeiras e eflorescências por meio de raspagem ou escovação da superfície. Remover manchas de óleo, graxa ou qualquer agente de contaminação gorduroso, lavando o substrato com água e detergente.

Em paredes mofadas, remover cuidadosamente todas as colônias de mofo antes da aplicação do sistema de pintura. Para tanto, escovar a superfície energicamente e lavá-la a seguir com uma solução de água sanitária diluída (1 parte água sanitária : 1 parte de água), deixando esta solução agir por cerca de 30 minutos. Após esse período,  lavar novamente o substrato com água limpa em abundância, aguardando secagem completa para dar início à aplicação do sistema de pintura.   Atentar para a proteção de caixilhos e outros acabamentos de forma a evitar manchas. 

Corrigir imperfeições profundas do substrato com o mesmo tipo de argamassa ou gesso utilizado na execução do revestimento. Imperfeições menores em pontos localizados podem ser corrigidas com massa PVA, aplicada em camadas finas com desempenadeira de aço e espátula. Nesse caso, antes da aplicação da massa, os pontos localizados devem ser previamente selados com seladora  à base de PVA ou fundo preparador para paredes, à base de solvente. Após a aplicação da massa, deve-se aguardar um período de cura de cerca de quatro horas para dar continuidade ao serviço.

Lixar a base com uma lixa grana de 100 e eliminar totalmente o pó, escovando ou espanando a superfície. Havendo necessidade, pode-se raspar a parede com uma espátula, principalmente se forem encontradas incrustações de argamassa.

Caso o revestimento de piso já esteja acabado, é preciso protegê-lo com uma lona plástica, a fim de evitar a aderência de pingos de tinta, selador ou fundo preparador. Ocorrendo respingos, deve-se limpá-los imediatamente com água.

Trincas e fissuras devem ser cuidadosamente avaliadas e tratadas conforme recomendações dos fabricantes de tintas ou projetos específicos quando for o caso.

 

6.3.2  Execução da Pintura

6.3.2.1.  Pinturas com acabamento convencional

 

O acabamento convencional consiste na aplicação da pintura diretamente sobre a base preparada, sem o uso de massa corrida. Esse tipo de acabamento pode ser aplicado sobre gesso liso ou sobre reboco ou emboço bem regularizado e preparado conforme orientações do item 6.3.1. deste procedimento.

 

Esquema do acabamento convencional:

 

2 ou 3 demãos de látex PVA

Selador à base de PVA ou fundo preparador de paredes À base de solvente

SUPERFÍCIE

 

 

Verificar as condições do emboço ou reboco e selar a base, utilizando os materiais adequados:

o  Reboco ou emboço normal: aplicar uma demão de selador à base de PVA diluído em água na proporção indicada pelo fabricante. Para esta finalidade, também pode-se utilizar a primeira demão de tinta com diluição maior que a indicada pelo fabricante, conforme sua própria orientação;

o  Revestimentos em gesso liso, reboco fraco ou com elevada porosidade: aplicar uma demão de fundo preparador para paredes, à base de solvente, com diluição em aguarrás na proporção indicada pelo fabricante.

 

 

O substrato de gesso, por ser muito liso e pouco coeso, pode prejudicar a aderência da pintura. Por isso, a aplicação do fundo preparador é muito importante.

No caso de reboco fraco, o fundo preparador para paredes tem a finalidade de melhorar a coesão superficial da base. Porém, é importante ressaltar que sua atuação está limitada a uma profundidade de aproximadamente 5mm.

Para verificação da condição do reboco, pode-se passar as mãos sobre ele ou realizar um teste rápido: corta-se uma pequena porção do revestimento em forma de “X”; em seguida, gruda-se uma fita crepe de 5cm de largura no centro do “X”; por fim, puxa-se a fita de uma vez, verificando a quantidade de argamassa que permanece aderida à fita, que não pode ser superior a 5mm de comprimento.

O teste da fita crepe também pode ser empregado para avaliar a melhor diluição do sistema de pintura, no caso da aplicação sobre gesso.

 

Terminada a preparação da base, lixar a parede com lixas 150 e 180, deixando-a livre de sulcos e asperezas. Diluir e misturar tinta látex PVA em recipiente adequado, seguindo as orientações do fabricante. Se necessário, é possível adicionar aditivos, tais como corantes ou anti-mofo, seguindo sempre as indicações do fabricante para a proporção de diluição.

Repassar parte do material diluído para uma bandeja plástica, o que facilita a operação de umedecimento do rolo. Aplicar, então, a primeira demão de tinta de acordo com os passos indicados a seguir.

Espanar a base, retirando a poeira que ainda ficou aderida após o lixamento. Efetuar os recortes nos cantos do teto com um pincel de cerdas macias. Aplicar, em seguida, a tinta no teto com um rolo de lã em movimentos paralelos, criando uma película fina e homogênea. Em cada parede, efetuar os recortes nos cantos e nas molduras de portas e janelas com um pincel de cerdas macias. Depois, aplicar a tinta no restante da parede, com rolo de lã em movimentos de sobe-e-desce, criando uma película fina e homogênea. Durante a execução da pintura, é preciso misturar a tinta constantemente a fim de evitar a decantação de seus constituintes, o que pode causar manchas ou deficiências de cobertura na película sobre a base. Verificar se não foram deixadas falhas ou escorrimentos – em caso afirmativo, passar de novo o rolo nesses locais com a tintura ainda fresca.

Aplicar mais uma ou duas demãos, conforme a necessidade de cobertura, aguardando um intervalo mínimo de quatro horas entre demãos. Depois da colocação das guarnições e dos arremates (antes da última demão), protegê-los, revestindo-os com fita crepe e jornal.

 

 

6.3.2.2. Pinturas com acabamento liso convencional

 

O acabamento liso convencional consiste na aplicação de pintura sobre a base preparada e previamente tratada com massa corrida PVA em toda a sua extensão. Esse tipo de acabamento pode ser aplicado sobre reboco ou emboço, preparado conforme orientações do item 6.3.1. deste procedimento. Sobre gesso liso, embora também possa ser aplicado o acabamento liso convencional, ele é dispensável, uma vez que o substrato de gesso já oferece condições bastante favoráveis de regularidade e planeza para aplicação da pintura diretamente (acabamento convencional). De todo modo, caso se opte pelo acabamento liso convencional sobre gesso liso, a base deve ser preparada com a aplicação de uma demão de fundo preparador para paredes, à base de solvente, com diluição e aguarrás na proporção indicada pelo fabricante. O mesmo cuidado é válido quando se tratar de substrato de reboco ou emboço fraco ou com elevada porosidade.

 

Esquema do acabamento liso:

 

2 ou 3 demãos de látex PVA

Massa corrida PVA

SUPERFÍCIE

 

 

Aplicar sucessivas camadas finas de massa corrida PVA sobre a base, com uma desempenadeira de aço, até obter o nivelamento desejado, aguardando a secagem por quatro horas (em dias úmidos este prazo poderá ser maior). A massa corrida deve ser aplicada diretamente, na consistência original do produto; porém, se necessário, pode ser diluída com água na proporção indicada pelo fabricante.

Lixar a parede com lixa 180, fazendo com que a base fique perfeitamente lisa, ou seja, livre de ondulações, sulcos e asperezas. Caso após o lixamento persistam parte destes defeitos, deve-se aplicar novamente a massa corrida PVA nos pontos falhos, aguardando mais quatro horas e lixando em seguida.

Diluir, misturar e aplicar a tinta látex PVA da mesma forma como indicado para o caso do acabamento convencional item 6.3.1.. Após a primeira demão, verificar a presença de imperfeições e ondulações com o auxílio de uma lâmpada, corrigindo os defeitos com massa corrida, se necessário.

 

6.4. Orientações gerais

 

Ao abrirem-se as latas de tintas, fundos ou seladores, tais produtos não devem apresentar excesso de sedimentação, coagulação, aspecto gelatinoso, empedramento, separação de pigmentos ou formação de pele, a ponto de prejudicar a homogeneização com uma simples agitação manual.

Para a escolha da tinta adequada recomenda-se a realização de testes práticos em obra a fim de verificar o rendimento, a cobertura e aplicabilidade dos produtos. O rendimento está relacionado com o volume necessário para pintar uma determinada área. A cobertura diz respeito à capacidade que a tinta dispõe para cobrir totalmente a superfície. A aplicabilidade é a capacidade de espalhamento com bom alastramento e nivelamento, de maneira que o rolo ou pincel deslize suavemente sobre a superfície, sem deixar marcas após a aplicação e secagem da tinta. Uma boa tinta deve apresentar elevado rendimento e cobertura, com boa aplicabilidade.

Para a realização da pintura, indicam-se como adequadas temperaturas na faixa de 10°C a 40°C e umidade relativa do ar não superior a 80%, não sendo aconselhável a aplicação de tintas sob insolação direta, ventos fortes ou em dias chuvosos.

 

A diluição de tintas e seladores deve seguir rigorosamente as recomendações dos fabricantes, uma vez que a correta proporção entre os elementos decorre de características específicas de cada produto.

Em ambientes internos úmidos (teto de banheiro, por exemplo), é indicado o uso de sistemas de pintura acrílica.

 

Todas as ferramentas devem ser lavadas com água, logo após o uso, de maneira a evitar secagem e endurecimento do material. As embalagens de tintas e outros produtos não devem ser reaproveitadas. Seu armazenamento deve ser realizado em local fresco, coberto, seco e ventilado.

Durante a aplicação, manter o ambiente ventilado e utilizar óculos de segurança, máscara protetora e luvas de borracha, protegendo corpo e a cabeça contra o pó com vestimentas adequadas. Ocorrendo inalação de odores, contato dos produtos com a pele, com os olhos ou ingestão acidental, proceder conforme orientação dada nas embalagens e nos catálogos dos produtos que estiverem sendo empregados. Havendo dúvidas, procurar serviços de atendimento ao consumidor dos fabricantes e consultar um médico.

A cura total da película de tinta ocorre num prazo de aproximadamente sete dias após a aplicação. Durante esse período, é conveniente evitar atritos, riscos e a realização de limpeza localizada, pois essas ações poderão causar danos permanentes à pintura recém-aplicada.

Nas frentes de trabalho, como podem existir sistemas de pinturas diferentes e até mesmo tintas de diversas procedências, recomenda-se a preparação de uma tabela resumida com informações sobre o preparo da base e as características do sistema de pintura empregado.

 

EXECUÇÃO DE PINTURA

Local de aplicação (preencher com o local onde será utilizada esta tabela-resumo)

Tipo de base (anotar o tipo de base - reboco, emboço, reboco fraco, etc.)

Sistema de pintura (anotar o sistema de pintura empregado)

Preparo da base

Lixamento

Anotar a seqüência de lixamento e grana das lixas.

Fundo

Anotar o tipo de fundo (selador, fundo, etc.)

Diluente

Água, aguarrás, etc.

Diluição

Anotar a indicação da embalagem.

Número de demãos

Anotar o número de demãos que devem ser aplicadas.

Tempo de secagem

Conforme orientações do fabricante.

Intervalo entre demãos

Conforme orientações do fabricante.

Aplicação da pintura

Lixamento

Anotar a seqüência de lixamento e grana das lixas.

Tinta

Designação da tinta a ser utilizada.

Diluente

Água, aguarrás, etc.

Diluição

Anotar a indicação da embalagem.

Tempo de secagem

Conforme orientações do fabricante.

Intervalo entre demãos

Conforme orientações do fabricante.

 

 

 

 

 

7. Registros

 

Ficha de Verificação de Serviços

 

8. Anexos

 

8.1.  Ficha de orientação de Serviços - Pinturas com acabamento convencional

 

8.2.  Ficha de orientação de Serviços - Pinturas com acabamento liso convencional

 

8.3.  Ficha de Verificação de Serviços