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Folha de Rosto
1. OBJETIVO
Padronizar e fornecer diretrizes para a execução de serviço de pintura à base de resina PVA em áreas internas de ambientes não molháveis, sobre superfícies de gesso, emboço ou reboco, com acabamento convencional ou liso convencional. 2. APLICAçãO
É aplicável à equipe de profissionais composta por pintores, ajudantes, mestre de obra e engenheiro.
3. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
Projeto de arquitetura Memorial descritivo Manuais técnicos dos fabricantes de tintas
4. DEFINIções
Não aplicável.
5. responsabilidade E autoridade
Vide íntegra do procedimento.
6. procedimentos
6.1. Materiais e equipamentos
o Escova com cerdas de aço o Panos o Vassoura de piaçaba o Água sanitária o Detergente o Lixas números 100, 150 e 180 o Massa corrida PVA o Desempenadeira lisa de aço o Espátula o Água o Seladora à base de resina PVA o Fundo preparador de paredes à base de solvente o Aguarrás o Tinta látex PVA o Rolo de lã o Pincéis de ¼” e 4” o Espanador o Bandeja plástica o Lona plástica o EPIs: capacete, bota de couro, luvas de borracha, óculos de segurança e máscara para pó.
6.2. Método executivo 6.2.1. Condições para início do serviço
Os revestimentos internos de paredes e tetos devem estar concluídos com uma antecedência mínima de 30 dias. Os revestimentos de pisos também devem estar concluídos, à exceção de carpetes têxteis ou de madeira. No caso de assoalho de madeira, recomenda-se que a pintura seja feita depois da sua colocação, mas antes do acabamento. Todos os batentes, as portas e os caixilhos devem estar instalados e acabados. As guarnições e os arremates precisam ser colocados antes da última demão. Qualquer foco de umidade requer tratamento de modo que a superfície resulte seca quando da execução da pintura.
6.3.Execução do serviço
Proteger qualquer detalhe que não deva ser pintado, revestindo a superfície com fita crepe e jornal. Eliminar todas as partes soltas ou mal aderidas, sujeiras e eflorescências por meio de raspagem ou escovação da superfície. Remover manchas de óleo, graxa ou qualquer agente de contaminação gorduroso, lavando o substrato com água e detergente. Em paredes mofadas, remover cuidadosamente todas as colônias de mofo antes da aplicação do sistema de pintura. Para tanto, escovar a superfície energicamente e lavá-la a seguir com uma solução de água sanitária diluída (1 parte água sanitária : 1 parte de água), deixando esta solução agir por cerca de 30 minutos. Após esse período, lavar novamente o substrato com água limpa em abundância, aguardando secagem completa para dar início à aplicação do sistema de pintura. Atentar para a proteção de caixilhos e outros acabamentos de forma a evitar manchas. Corrigir imperfeições profundas do substrato com o mesmo tipo de argamassa ou gesso utilizado na execução do revestimento. Imperfeições menores em pontos localizados podem ser corrigidas com massa PVA, aplicada em camadas finas com desempenadeira de aço e espátula. Nesse caso, antes da aplicação da massa, os pontos localizados devem ser previamente selados com seladora à base de PVA ou fundo preparador para paredes, à base de solvente. Após a aplicação da massa, deve-se aguardar um período de cura de cerca de quatro horas para dar continuidade ao serviço. Lixar a base com uma lixa grana de 100 e eliminar totalmente o pó, escovando ou espanando a superfície. Havendo necessidade, pode-se raspar a parede com uma espátula, principalmente se forem encontradas incrustações de argamassa. Caso o revestimento de piso já esteja acabado, é preciso protegê-lo com uma lona plástica, a fim de evitar a aderência de pingos de tinta, selador ou fundo preparador. Ocorrendo respingos, deve-se limpá-los imediatamente com água. Trincas e fissuras devem ser cuidadosamente avaliadas e tratadas conforme recomendações dos fabricantes de tintas ou projetos específicos quando for o caso.
6.3.2 Execução da Pintura 6.3.2.1. Pinturas com acabamento convencional
O acabamento convencional consiste na aplicação da pintura diretamente sobre a base preparada, sem o uso de massa corrida. Esse tipo de acabamento pode ser aplicado sobre gesso liso ou sobre reboco ou emboço bem regularizado e preparado conforme orientações do item 6.3.1. deste procedimento.
Esquema do acabamento convencional:
Verificar as condições do emboço ou reboco e selar a base, utilizando os materiais adequados: o Reboco ou emboço normal: aplicar uma demão de selador à base de PVA diluído em água na proporção indicada pelo fabricante. Para esta finalidade, também pode-se utilizar a primeira demão de tinta com diluição maior que a indicada pelo fabricante, conforme sua própria orientação; o Revestimentos em gesso liso, reboco fraco ou com elevada porosidade: aplicar uma demão de fundo preparador para paredes, à base de solvente, com diluição em aguarrás na proporção indicada pelo fabricante.
Terminada a preparação da base, lixar a parede com lixas 150 e 180, deixando-a livre de sulcos e asperezas. Diluir e misturar tinta látex PVA em recipiente adequado, seguindo as orientações do fabricante. Se necessário, é possível adicionar aditivos, tais como corantes ou anti-mofo, seguindo sempre as indicações do fabricante para a proporção de diluição. Repassar parte do material diluído para uma bandeja plástica, o que facilita a operação de umedecimento do rolo. Aplicar, então, a primeira demão de tinta de acordo com os passos indicados a seguir. Espanar a base, retirando a poeira que ainda ficou aderida após o lixamento. Efetuar os recortes nos cantos do teto com um pincel de cerdas macias. Aplicar, em seguida, a tinta no teto com um rolo de lã em movimentos paralelos, criando uma película fina e homogênea. Em cada parede, efetuar os recortes nos cantos e nas molduras de portas e janelas com um pincel de cerdas macias. Depois, aplicar a tinta no restante da parede, com rolo de lã em movimentos de sobe-e-desce, criando uma película fina e homogênea. Durante a execução da pintura, é preciso misturar a tinta constantemente a fim de evitar a decantação de seus constituintes, o que pode causar manchas ou deficiências de cobertura na película sobre a base. Verificar se não foram deixadas falhas ou escorrimentos – em caso afirmativo, passar de novo o rolo nesses locais com a tintura ainda fresca. Aplicar mais uma ou duas demãos, conforme a necessidade de cobertura, aguardando um intervalo mínimo de quatro horas entre demãos. Depois da colocação das guarnições e dos arremates (antes da última demão), protegê-los, revestindo-os com fita crepe e jornal.
6.3.2.2. Pinturas com acabamento liso convencional
O acabamento liso convencional consiste na aplicação de pintura sobre a base preparada e previamente tratada com massa corrida PVA em toda a sua extensão. Esse tipo de acabamento pode ser aplicado sobre reboco ou emboço, preparado conforme orientações do item 6.3.1. deste procedimento. Sobre gesso liso, embora também possa ser aplicado o acabamento liso convencional, ele é dispensável, uma vez que o substrato de gesso já oferece condições bastante favoráveis de regularidade e planeza para aplicação da pintura diretamente (acabamento convencional). De todo modo, caso se opte pelo acabamento liso convencional sobre gesso liso, a base deve ser preparada com a aplicação de uma demão de fundo preparador para paredes, à base de solvente, com diluição e aguarrás na proporção indicada pelo fabricante. O mesmo cuidado é válido quando se tratar de substrato de reboco ou emboço fraco ou com elevada porosidade.
Esquema do acabamento liso:
Aplicar sucessivas camadas finas de massa corrida PVA sobre a base, com uma desempenadeira de aço, até obter o nivelamento desejado, aguardando a secagem por quatro horas (em dias úmidos este prazo poderá ser maior). A massa corrida deve ser aplicada diretamente, na consistência original do produto; porém, se necessário, pode ser diluída com água na proporção indicada pelo fabricante. Lixar a parede com lixa 180, fazendo com que a base fique perfeitamente lisa, ou seja, livre de ondulações, sulcos e asperezas. Caso após o lixamento persistam parte destes defeitos, deve-se aplicar novamente a massa corrida PVA nos pontos falhos, aguardando mais quatro horas e lixando em seguida. Diluir, misturar e aplicar a tinta látex PVA da mesma forma como indicado para o caso do acabamento convencional item 6.3.1.. Após a primeira demão, verificar a presença de imperfeições e ondulações com o auxílio de uma lâmpada, corrigindo os defeitos com massa corrida, se necessário.
6.4. Orientações gerais
Ao abrirem-se as latas de tintas, fundos ou seladores, tais produtos não devem apresentar excesso de sedimentação, coagulação, aspecto gelatinoso, empedramento, separação de pigmentos ou formação de pele, a ponto de prejudicar a homogeneização com uma simples agitação manual. Para a escolha da tinta adequada recomenda-se a realização de testes práticos em obra a fim de verificar o rendimento, a cobertura e aplicabilidade dos produtos. O rendimento está relacionado com o volume necessário para pintar uma determinada área. A cobertura diz respeito à capacidade que a tinta dispõe para cobrir totalmente a superfície. A aplicabilidade é a capacidade de espalhamento com bom alastramento e nivelamento, de maneira que o rolo ou pincel deslize suavemente sobre a superfície, sem deixar marcas após a aplicação e secagem da tinta. Uma boa tinta deve apresentar elevado rendimento e cobertura, com boa aplicabilidade. Para a realização da pintura, indicam-se como adequadas temperaturas na faixa de 10°C a 40°C e umidade relativa do ar não superior a 80%, não sendo aconselhável a aplicação de tintas sob insolação direta, ventos fortes ou em dias chuvosos.
Todas as ferramentas devem ser lavadas com água, logo após o uso, de maneira a evitar secagem e endurecimento do material. As embalagens de tintas e outros produtos não devem ser reaproveitadas. Seu armazenamento deve ser realizado em local fresco, coberto, seco e ventilado. Durante a aplicação, manter o ambiente ventilado e utilizar óculos de segurança, máscara protetora e luvas de borracha, protegendo corpo e a cabeça contra o pó com vestimentas adequadas. Ocorrendo inalação de odores, contato dos produtos com a pele, com os olhos ou ingestão acidental, proceder conforme orientação dada nas embalagens e nos catálogos dos produtos que estiverem sendo empregados. Havendo dúvidas, procurar serviços de atendimento ao consumidor dos fabricantes e consultar um médico. A cura total da película de tinta ocorre num prazo de aproximadamente sete dias após a aplicação. Durante esse período, é conveniente evitar atritos, riscos e a realização de limpeza localizada, pois essas ações poderão causar danos permanentes à pintura recém-aplicada. Nas frentes de trabalho, como podem existir sistemas de pinturas diferentes e até mesmo tintas de diversas procedências, recomenda-se a preparação de uma tabela resumida com informações sobre o preparo da base e as características do sistema de pintura empregado.
7. Registros
Ficha de Verificação de Serviços
8. Anexos
8.1. Ficha de orientação de Serviços - Pinturas com acabamento convencional
8.2. Ficha de orientação de Serviços - Pinturas com acabamento liso convencional
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